Museu Virtual

Museu Virtual – Exposição FMIS em 3D

Resgatar preciosidades do acervo tridimensional para a primeira exposição virtual do acervo do MIS foi o ponto de partida desta exposição. A curadoria, elaborada em parceria entre a instituição e a Nabuco, é composta por peças raras e de grande valor para pesquisa, sem deixar de lado o entretenimento, passando por objetos que contam a história da imagem, do som e do audiovisual no Brasil e que pertenceram a personagens marcantes da nossa cultura. Esta exposição conta com objetos em 3D para que o público se sinta presente na exposição e possa explorar o acervo de todos os ângulos.

Caixa de Música – Waldir Azevedo

Instrumento musical mecânico em que uma engrenagem de relógio impulsiona um dispositivo giratório dentado, que faz vibrar uma série de lâminas de aço, cada qual afinada segundo determinada altura. Música: Delicado

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 10 cm (fechada) x L 16,7 cm x P 12,7 cm
Técnica: Marchetaria
Suporte: Madeira
Fabricante: Jules Richard (Paris)
Coleção Waldir Azevedo. Acervo MIS.

Waldir Azevedo (1923 – 1980) foi um compositor e instrumentista carioca, do bairro da Piedade. Famoso por sua performance inovadora no cavaquinho e por ter composto a música Brasileirinho, em 1940. Com a música Delicado, o artista foi recordista de vendagens em 78 rpm e chegou ao primeiro lugar nas paradas americanas, com a versão da Orquestra de Percy Faith. Em 1955, foi cantada por Carmen Miranda em uma versão para o The Jimmy Durante Show.

Estátua – Pixinguinha

Escultura de pequeno porte representando o músico Pixinguinha. De corpo inteiro, curvado para frente e tocando saxofone. Traja calça, camisa, paletó, gravata borboleta e chapéu de malandro. ​

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 50 cm x D 34 cm
Material: Bronze, Granito
Técnica: Fundição
Data: 1996 ​
Autor: Otto Laun Dumovich Coleção: Acervo MIS.

Alfredo Viana da Rocha Filho (1897 – 1973), Pixinguinha, aos 11 anos, já sabia alguma coisa de música, graças a boa percepção musical e aos irmãos, quase todos praticantes de algum instrumento, e que o iniciaram no cavaquinho. Ao perceber o talento do filho, seu pai Alfredo passou a levá-lo para tocar com ele nos saraus pela cidade. Logo, Pixinguinha trocou o cavaquinho por uma flauta de flandres. O menino passou a estudar com Irineu Batina, que não demorou a levar o aluno brilhante para seu grupo, Choro Carioca, que se apresentava em festas e bailes. De forma que, aos 14 anos, Pixinguinha gravou seu primeiro disco tocando flauta com o grupo. Para reinaugurar o Cine Palais, o músico formou o grupo Os Oito Batutas, fazendo tanto sucesso que fez turnês pelo Brasil e no exterior. O carnaval de 1941 trouxe o sucesso da marchinha Alá-la- ô, de Haroldo Lobo e Nássara, com arranjo de Pixinguinha. ​

Troféu Assis Chateaubriand- Nara Leão

Busto de Assis Chateaubriand, cabeça ligeiramente voltada à direita, cabelos curtos repartidos do lado, nariz adunco, vestido de paletó, camisa e gravata. Abaixo da roupa, inserida em placa, a inscrição: “‘Velho Capitão’ | Nara Leão | A P. Show – 16.3.68”. Na face lateral direita da escultura: “H. COZZO”, em baixo relevo​. Base quadrangular em madeira.​

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 17 cm x L 12 cm x P 9,8 cm
Técnica: Fundição, Molde
Data: 1968
Autor: Humberto Cozzo
Material: Bronze – Madeira
Coleção: Nara Leão

Nara Lofego Leão (1942 – 1989) já aos 12 anos ganhou do pai o seu primeiro violão e passou a fazer aulas com o músico Patrício Teixeira. Durante o ano de 1957, no apartamento de Nara, aconteceram as primeiras das famosas reuniões do grupo de jovens músicos, que participariam da Bossa Nova. O ano de 1963 foi bastante prolífico para Nara, que se apresenta pela primeira vez como cantora profissional, dividindo o palco com Carlos Lyra e Vinícius de Moraes no espetáculo Pobre Menina Rica, escrito pelos dois; fez suas primeiras apresentações em programas de TV de diferentes estados; e, no final do ano, iniciou a gravação do primeiro disco da sua carreira. Nara foi uma das primeiras cantoras consagradas a apoiar a Tropicália. Foi ao cantar A Banda, de Chico Buarque, que Nara ganhou o 2° Festival de Música Popular. Já em 1967, participou do III Festival da Música Popular Brasileira, interpretando A estrada e o violeiro, ao lado do autor da música, Sidney Miller. A canção foi contemplada com o prêmio de Melhor Letra. Em outro prêmio concedido durante a década de 70, Nara Leão foi considerada a melhor cantora pela Associação dos Críticos de Arte de São Paulo. O último disco lançado foi em 1989, com o título My Foolish Heart. Ao longo da carreira, a intérprete lançou mais de 20 discos e se tornou um dos principais nomes da MPB.​

Prato – João da Baiana

Prato raso, originalmente na cor branca, pintado de dourado, tendo a inscrição: “João da” e a imagem de uma baiana (ambos ao centro). Acompanha pequena vareta torneada. Objeto utilizado por João da Baiana como instrumento de percussão.

Detalhes do Acervo:
Dimensões: D 21 cm
Técnica: Moldagem
Suporte: Porcelana
Data: década de 1950
Coleção Almirante. Acervo MIS.

João Machado Guedes (1887 – 1974) era o caçula e único carioca de 12 irmãos. Sua mãe, conhecida pelo nome de Tia Perciliana, era baiana, daí surgiu seu apelido. Na infância, teve como companheiros os futuros compositores Donga e Heitor dos Prazeres. Em 1908, quando se apresentava na tradicional Festa da Penha, teve seu pandeiro apreendido pela polícia. O senador Pinheiro Machado, que era seu admirador, e que frequentemente promovia festas em “seu” palácio no Morro da Graça, o convidou para uma dessas festas, e, como o músico não apareceu, quis saber o porquê. Ao saber que o instrumentista tivera seu pandeiro apreendido, resolveu presenteá-lo com um novo pandeiro, que trazia a seguinte inscrição: “Com a minha admiração, ao João da Baiana – Senador Pinheiro Machado”. Com essa dedicatória o músico passou a escapar ileso das averiguações policiais que, naquela época, costumavam levar os sambistas para a prisão “por vadiagem”. João da Baiana é tido como o introdutor do pandeiro no samba. Ele também foi o primeiro a ser visto raspando a faca no prato, criando o inusitado instrumento musical que acabou se popularizando mais tarde.​

Taxifoto – Guilherme Santos

Equipamento mecânico de mesa utilizado para visualizar vistas estereoscópicas. Peça ótica baseada na visão estereoscópica ou tridimensional, hoje conhecida como 3D. As imagens estereoscópicas são obtidas através de câmera fotográfica de duas objetivas situadas a uma distância similar à que separa os olhos. Desta forma, a fotografia estereoscópica é composta por duas imagens do mesmo tema, tomadas em um ângulo ligeiramente diferente e colocadas uma junto à outra na mesma placa de vidro, com o objetivo de ser vista em um visor estereoscópico.

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 48 cm x L 30 cm x P 27,5 cm
Técnica: Marcenaria
Suporte: Madeira – Vidro
Fabricante: Jules Richard (Paris)
Coleção: Guilherme Santos. Acervo MIS.

Guilherme Santos (1871 – 1966) foi um dos maiores e mais importantes fotógrafos amadores a atuar com a técnica estereoscópica no Brasil. Santos era um comerciante de profissão, nascido na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Fazia parte da Sociedade Brasileira de Belas Artes e era membro do Photo Club Brasileiro (1925), sua produção pode ser dividida entre a fotografia artística e a documental. Ele entendia a fotografia como uma missão civilizatória e patriótica e foi pioneiro ao introduzir no Brasil, a Verascope, câmera estereoscópica de Jules Richard, patenteada em 1893. Emprestava seu laboratório ao fotógrafo Augusto Malta e gostava de se diferenciar dos fotógrafos profissionais que viviam da fotografia.​

Prêmio PDF SGE Melhor Sambista – Odete Amaral

Escultura feminina personificando a deusa grega da Música, Euterpe, segurando nas mãos o atributo que a distingue: uma flauta disposta na diagonal. Na face anterior da base da escultura, a inscrição: “EUTERPE”, na posterior, “H Peçanha”. A figura encontra-se acoplada à estrutura escalonada em dois níveis, no superior, placa com inscrição: “PDF PRÊMIO SGE | CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO | À ODETE AMARAL | A Melhor Sambista – 1959”.​​

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 28 cm x L 10,7 cm x P 8,6 cm
Técnica: Fundição – Molde
Data: 1959​
Autor: Honório Peçanha
Coleção: Odete Amaral
Material: Bronze, Madeira​

Odete Amaral (1917 – 1984), por sua bonita voz, era sempre convidada a cantar no teatro da escola, além de festas de aniversário. Sua irmã, que muito a admirava, levou-a à Rádio Guanabara, na época dirigida por Alberto Manes, para que fizesse um teste. Fez a prova acompanhada pelo pianista Felisberto Martins, cantando Minha embaixada chegou, de Assis Valente. Após o primeiro teste, os convites não pararam mais. Odete foi convidada para se apresentar no programa Suburbano, em uma revista musical no Teatro João Caetano e em vários programas de rádio. Em 1938, casou-se com Cyro Monteiro com quem teve um filho. O casal foi considerado um dos mais famosos e populares de sua época. Separaram-se em 1949. ​ Intérprete de choros e sambas, integrou o coro das gravações de cantores famosos como Carmen Miranda e Dircinha Batista.​Odete recebeu do amigo e incentivador César Ladeira o carinhoso apelido de “A Voz Tropical”. A cantora trabalhou em diversas rádios brasileiras, entre elas a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Odete encantou gerações, cantando clássicos da música brasileira.​​

Câmera Kodak Rio 400

Câmera fotográfica compacta da marca Kodak, primeiro modelo desta marca fabricado no Brasil, na cidade de São Paulo. Acompanha caixa original e manual de instruções.​Produzida em homenagem aos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro; por esse motivo, chamada de Rio 400.​

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 8,6 cm x L 9,2 cm x P 6 cm
Data: 1965
Fabricante: Indústria Brasileira Fanamel S.A
Coleção: Acervo MIS.

A Eastman Kodak Company (referido simplesmente como Kodak) é uma companhia estadunidense que produz vários produtos relacionados com a sua base histórica no analógico fotografia. A empresa está sediada em Rochester, Nova York. Kodak fornece embalagens, impressão funcional, comunicações gráficas e serviços profissionais para empresas em todo o mundo. Seus principais segmentos de negócios são Sistemas de Impressão, Impressão Micro 3D e Embalagem, Software e Soluções e Consumidor e Filme. É mais conhecido por produtos de filmes fotográficos.

O Primeiro Rádio à Pilha no Brasil – Almirante e Carmen Miranda

Um dos primeiros modelos de rádio de pilha produzido nos EUA. Carmem Miranda trouxe para presentear seu amigo Almirante. Modelo BP-10 Personal, tipo flip top (tamanho do bolso do casaco). Liga-desliga pela ação da tampa.

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 8 cm x L 23 cm x P 9 cm
Suporte: Metal / Baquelite / Couro.
Ano: 1940
Fabricante: RCA Manufacturing Victor Talking Machine
Coleção MIS. Acervo: MIS.

Henrique Foréis Domingues (1908 – 1980), conhecido como Almirante, a maior patente do rádio brasileiro, era cantor, compositor, radialista, musicólogo, pesquisador e produtor, nascido em Vila Isabel, Rio de Janeiro. Almirante e Carmen Miranda eram amigos pessoais e de trabalho; além das parcerias na música, contracenaram juntos nos filmes Estudantes (1935) e Banana da Terra (1938). ​

Lata de Tomate – Zé Carioca

Instrumento híbrido de cavaquinho e bandolim, pertenceu ao músico José do Patrocínio Oliveira (Zé Carioca), doação de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, em 1984, amigo de muitos anos do referido músico.

Detalhes do Acervo:
Dimensões: A 64,5 cm x L 32,5 cm x P 7 cm
Técnica: Luthieria
Suporte: Metal / Madeira
Coleção MIS. Acervo: MIS.

José do Patrocínio Oliveira (1904 – 1987) nascido em São Paulo, e mais conhecido como Zezinho do Banjo ou Zé Carioca, foi um músico multi-instrumentista autodidata, violonista, banjoísta e cavaquinista brasileiro. Atuou com o grupo Bando da Lua com Carmen Miranda em vários filmes, dessa forma conhecendo Walt Disney e tornando-se o dublador do personagem de animação Zé Carioca, o papagaio malandro que vivia de pequenos trambiques, e que teve os trejeitos inspirados no paulista Zezinho .​

Microfone – Neumann U67

Equipamento de Comunicação Sonora. Aparelho que converte ondas sonoras em energia elétrica para ampliação, gravação ou transmissão de sons e que necessita de um amplificador e de alto-falantes para funcionar.

Detalhes do Acervo:
Dimensões: 20,2 cm X 5,7 cm.
Suporte: Metal
Fabricante:  Neumann
Modelo: U67
Bem patrimonial

O Microfone Neumann U67 pertence à Fundação Museu da Imagem e do Som, fundada em 1965, e teria sido adquirido em 1966, para as gravações do Projeto Depoimentos para a Posteridade, criado no ano seguinte. Trata-se da gravação de depoimentos prestados por personalidades vinculadas aos diversos setores da cultura. Os nomes seriam escolhidos por conselheiros das áreas de literatura, teatro, esportes, música, artes plásticas, cinema, jornalismo, televisão, ciência, rádio e educação. Ao lado, duas fotografias em que é possível identificar o microfone.


Governador do Estado do Rio de Janeiro
Cláudio Castro
Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro
Danielle Barros
Presidente do Museu da Imagem e do Som – RJ
Cesar Miranda Ribeiro
Comunicação Social do Museu da Imagem e do Som – RJ
Anagélica Rodrigues (MIS/RJ)
Coordenação do projeto MIS para Todos
Michael Marques (CEO/ Nabuco Technology)
Barbara Ottero (Nabuco Technology)

Curadoria da Exposição MIS em 3D
Michael Marques (Nabuco Technology)
Eliane Vilela Antunes (MIS/RJ)
Pesquisa e produção textual
Barbara Oterro (Nabuco Technology)
Rayanne Cholbi (Nabuco Technology)
Daiane Lopes (MIS/RJ)
Eliane Vilela Antunes (MIS/RJ)
Fotogrametria e edição 3D
Michael Marques (Nabuco Technology)
Ana Luiza Vieira Novo (Nabuco Technology)
Antônio Carneiro (Nabuco Technology)
Ramida de Souza Marques (Nabuco Technology) – Voluntária

Assistente de Comunicação
Bruno da Silva (Nabuco Technology)
Design Gráfico
Michael Marques (Nabuco Technology)
Rafael Dreux (Nabuco Technology)
Desenvolvimento Web do Museu Virtual
Priscila Silveira Cunha (Nabuco Technology)
Andre Luís Pereira Rodrigue (MIS/RJ)
Agradecimentos
Vivian Fava Paternot
Maria Helena Cardoso de Oliveira

Produzido por
Nabuco Technology

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